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Sociedade Vegetariana Brasileira e parceiros realizam uma série de eventos visando fomentar o empreendedorismo vegano

foto empreendedorismo sp

Evento da série "Empreendedorismo Veggie" na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, em agosto de 2013.

A SVB vem realizando desde maio de 2013 uma série de atividades de estímulo, debate e informação acerca do empreendedorismo voltado a produtos livres de ingredientes de origem animal. Em São Paulo, a SVB tem realizado eventos periódicos na Livraria Cultura, em parceria com o grupo Oportunidades de Trabalho Veggie. Já no Vegfest / 4º Congresso Vegetariano Brasileiro, em Curitiba, haverá uma "maratona de empreendedorismo", com vários cases bem-sucedidos para inspirar os empreendedores presentes.

Segundo o IBOPE, 8% da população brasileira se declara vegetariana e dados do Ipsos mostram que 28% desejam reduzir o consumo de carne em sua dieta. Como resultado desta busca por mudanças de hábitos, o mercado vegano tem crescido significativamente, sendo uma boa oportunidade para novos negócios. “Este é um mercado em ampla expansão. De uma forma mais simplista, é só observar a gama de produtos veggies 10 anos atrás e agora. Hoje temos leite condensado, creme de leite, enlatados, embutidos, congelados, queijos e tantos outros sem nenhum tipo de componente de origem animal”, comenta Mônica Buava, conselheira da Sociedade Vegetariana Brasileira e organizadora da Maratona de Empreendedorismo, que acontece durante o Vegfest - IV Congresso Vegetariano Brasileiro, que ocorre em Curitiba, de 25 a 29 de setembro.

Entre os produtos veggie, citados por Mônica, estão os produtos vegetarianos – referentes à dieta sem consumo de qualquer alimento de origem animal – e também os veganos – que são qualquer tipo de produto sem componentes, mas também sem a exploração de animais em seu desenvolvimento. “O leque de atuação é bem amplo, de produtos de higiene e limpeza a suplementos, itens para casa, moda, medicamentos e, claro, alimentação. E há muitas empresas de sucesso nesse segmento: a Surya Brasil tem se destacado aqui e no exterior. A Melissa é ‘vegana’ e um ótimo exemplo que um produto pode ser lucrativo, bonito e sem exploração animal embutida. E também há o caso da Picadilly que era uma empresa que já não utilizava o couro e agora utiliza essa caraterística como diferencial para atingir esse nicho de mercado”.

Pessoas que compartilham da cultura vegana, em geral, têm o desejo de promover a causa e trabalhar na área, mas não sabem fazer a transição de “ativista a empreendedor”, por isso, o tema será abordado durante o Vegfest. “Se você perguntar para um vegetariano no que ele gostaria de trabalhar, tenho certeza que ele responderá ‘para a causa’, mas o que é trabalhar para causa? Oferecer produtos e serviços de qualidade é um grande trabalho para o movimento. Mas profissionalismo e ética são fundamentais para alcançar o objetivo”, comenta.

A Maratona de Empreendedorismo começa com palestra do Sebrae, explicando a importância de desenvolver um plano de negócios e outras etapas para o sucesso do empreendimento, “afinal não basta ser vegano, tem que ter qualidade”. Também serão apresentados diversos cases de empresas atuantes no mercado veggie, mostrando sua realidade, dificuldades e conquistas. “Um dos destaques é a palestra via web com o alemão Sebastian Zosch. Ele é presidente da Sociedade Vegetariana Alemã e assumiu a organização sem recursos. Com planejamento, fez a ONG crescer, ter milhares de sócios e desenvolver produtos que o público precisava”, conta Mônica.

Saiba mais sobre o Vegfest: www.vegfest.com.br

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