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Publicado: 10 Março 2014
Entre outubro e novembro de 2013, a Friboi veiculou comercial televisivo em que uma nutricionista afirma que "carne é essencial" e a SVB reagiu acionando o Conselho de Autorregulação Publicitária (CONAR) pelo comercial enganoso - e também Conselho Regional de Nutrição 4ª Região (CRN-4) para que tomasse as providências diante da postura anti-ética da nutricionista (veja aqui a história). Por conta da reação da SVB, a nutricionista foi questionada e agora se manifestou diretamente por e-mail pedindo desculpas à SVB pelo ocorrido.
Ao pedir "desculpas pela fala do comercial da Friboi", a nutricionista Roberta Ferreira (CRN 2004-1-01181) alegou: "De maneira nenhuma quis ofender os vegetarianos, o que acontece é que eu não escolho a fala da propaganda". Na mensagem, ela disse ainda que estava "muito nervosa em fazer a cena", que não se atentou ao que estava escrito e que sabe que proteínas estão presentes em fontes vegetais também.
A SVB está analisando as medidas cabíveis e segue em contato com o CRN-4 exigindo que uma providência oficial seja tomada pelo conselho de classe, em vez de meramente um pedido de desculpas feito pessoalmente por e-mail.
O CONAR, acionado pela SVB no mesmo momento devido ao teor enganoso da peça publicitária, instaurou o processo ético Nº 317/2013 para avaliar possíveis providências, mas, até o momento desta redação, não havia publicado parecer sobre o caso.
Friboi, Roberto Carlos e o fiasco publicitário
Após a campanha com o ator Tony Ramos em 2013, a Friboi lançou no mês passado (fev/2014) nova campanha publicitária em que o cantor Roberto Carlos alega que voltou a comer carne. A despeito do cachê milionário, e à parte do fato de que a afirmação do cantor é enganosa (já que ele nunca foi vegetariano, pois comia "carnes brancas"), o lançamento foi uma verdadeira tragédia de marketing, tendo levado dezenas de especialistas em publicidade e formadores de opinião a condenar tecnicamente e moralmente a campanha. Ativistas também publicaram uma incisiva paródia do comercial sugerindo que "não adianta tentar esquecer" o sofrimento dos animais.